Pensando em promover a inclusão da criança com deficiência na escola, a Coordenação de Geografia do PARFOR/UESPI elaborou a Oficina de Cartografia Tátil direcionada para professores da rede de ensino. A oficina foi iniciada nos municípios de Piripiri, Pedro II, José de Freitas e Castelo do Piauí, no mês de setembro, e está programada para ser finalizada no começo de outubro.
O objetivo é capacitar os professores cursistas do PARFOR/UESPI e da educação básica para a utilização de recursos cartográficos que venham auxiliar no ensino de Geografia para deficientes visuais, através da confecção e aplicação de procedimentos geográficos voltados à cartográfica tátil, visando sua aplicabilidade na vida cotidiana dos educandos.
A oficina foi planejada pelos professores formadores habilitados na área, Prof. Me Tailson Francisco Soares da Silva e Profa. Esp. Katiúscya Albuquerque de Moura Marques. O cronograma contempla várias temáticas, como, a utilização da cartografia tátil como meio de inserir o aluno deficiente visual, a utilização de seus demais sentidos, a importância do processo de leitura dos mapas e o desenvolvimento das relações espaciais.
Ao todo, mais de 140 cursistas vinculados aos cursos de Geografia e Pedagogia foram inscritos. “A ideia de fazermos essa oficinasurgiu após sondagens entre cursistas, coordenadores locais e professores formadores. Foi proposto o número máximo de 30 alunos por município, mas a procura superou a expectativa inicial, forçando a ofertar de uma nova turma”, explica Werton Costa, Coordenador do Curso de Geografia do PARFOR/UESPI.
“As turmas foram muito produtivas. Os professores são muito participativos e habilidosos. Confeccionamos vários mapas táteis que ficarão à disposição em duas escolas da cidade de Piripiri. Deixamos também no Campus da UESPI um mapa tátil”, disse a professora Katiúscya.
Segundo o professor Tailson, são poucos os trabalhos desenvolvidos como estes. “As representações gráficas táteis auxiliam o deficiente visual na autonomia da vida prática, facilitando sua orientação e mobilidade. Apesar da importância da sua utilidade, as representações gráficas táteis disponíveis como mapas e maquetes, ainda é escassa”, argumenta. O geógrafo destaca que os resultados obtidos mostram a necessidade desse tipo de auxílio ao trabalho do professor em sala de aula, devido à ausência da abordagem na estrutura curricular e nas ações de ensino das disciplinas que compõem os cursos de licenciatura.
O conjunto das atividades realizadas nos Campi proporcionou a produção de diversos recursos pedagógicos: maquetes táteis, curva de nível, sectogramas e mapas táteis, que poderão ser utilizados no trabalho de formação dos licenciados.
O Prof. Werton ressalta que o projeto inicial focou em quatro municípios, mas há previsão para que no próximo semestre ocorra em mais dois municípios no sul do estado.
Por Elaine de Moura
Assessoria de Comunicação do PARFOR/UESPI