​Perfil do professor cursista de Letras/Inglês do PARFOR/UESPI é tema de pesquisa de conclusão de curso

Depois de um ano e meio, a graduada do curso regular de Letras/Inglês da Universidade Estadual do Piauí, Cristiane Rodrigues da Silva Martins, pode concluir e apresentar seu trabalho de conclusão de curso com êxito. A pesquisa “O perfil do professor cursista de Letras/Inglês do Plano Nacional de Formação de Professores do Ensino Básico” foi aprovado com nota significativa e submetida no Dossiê UESPI 30 anos.

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A graduanda Cristiane Rodrigues escolheu o perfil do professor cursista de Letras/Inglês como tema do seu TCC.

A graduanda, que cola grau no mês de outubro, leciona em escolas particulares de Teresina e decidiu abordar o tema ainda no 6º período, por influência do professor aposentado da IES e coordenador do curso Letras/Inglês do PARFOR/UESPI, Antônio Francisco. “O professor Tony me sugeriu que a gente trabalhasse como o tema PARFOR. Nós começamos a fazer a pesquisa de campo em União, Canto do Buriti e Barras”, disse Cristiane.

Segundo a professora de Inglês, o objetivo principal da pesquisa é examinar como está sendo desenvolvido o processo de formação dos professores de primeira e segunda licenciatura de Letras/Inglês do Programa. “Outro ponto que procuramos observar é se realmente o objetivo do PARFOR alcançou resultados e como está o ensino-aprendizagem onde esses professores estão inseridos”, disse a formanda.

No período do trabalho, a pesquisadora e o orientador foram a campo de estudo, realizando coleta de informações nos municípios escolhidos, com a aplicação de entrevistas para 31 cursistas e coletando depoimentos dos professores orientadores. Para esse grupo, o intuito era identificar as dificuldades durante as aulas.

“Os resultados positivos que eu pude observar é que, diferentemente dos alunos das graduações regulares, esses professores cursistas levam muito mais a sério o curso de formação, e o número de professores que desiste é muito pequeno, é bem raro”, disse a graduanda. Cristiane explica que isso ocorre porque os professores já estão inseridos mercado. “Eles já estão no âmbito escolar e já sabem o que querem da vida. Eles são muito participativos e têm muito interesse em aprender. Nesses locais não têm uma oferta abundante de cursos de especialização e o PARFOR é uma forma deles se capacitarem, de ampliar o leque de conhecimento”, frisou.

“Eu observei na grade curricular deles duas disciplinas fantásticas, que não tem no regular: ‘Cultura e História Indígena e Afro-Brasileira’ e ‘Direitos Humanos e Diversidade’. Esses temas a gente vê em congressos, são bem atuais. Outro ponto positivo é que eles trabalham a semana toda uma disciplina, acredito que ajuda bastante o aluno a fixar a matéria”, destacou ela.

Um ponto negativo identificado na pesquisa é a dificuldade com a questão do vocabulário. “Alguns deles ficavam muito frustrados. Mas essa dificuldade não é só dos cursos especiais, encontramos no curso regular. É uma questão de tempo, pois outra língua é um desafio”.

Essa dificuldade também se reflete no dia a dia dos professores cursistas que atuam em escolas estaduais e municipais onde não são trabalhadas todas as 4 habilidades do Inglês- listening(ouvir), speaking(falar), reading(ler), writing(escrever)-, até mesmo por conta dos recursos, pois nem sempre as escolas da rede dispõem de aparelhos de som e TV.

Ao se referir à orientação do professor, Cristiane afirma que foi fantástica. “O professor Tony é aquele professor que vou levar pra vida. A gente sabe que muitos orientadores não são disponíveis por conta da vida atribulada. Ele me enviava muitos artigos e documentos para que eu pudesse estudar. Ele foi muito cuidadoso”, disse a professora.

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Cristiane Rodrigues com o seu orientador, Prof. Antônio Francisco, e com as professoras avaliadoras da banca, no dia da apresentação do TCC.

Dossiê UESPI 30 anos

Cristiane Rodrigues decidiu que o trabalho precisa ser conhecido. A pesquisa resultou em um artigo que foi submetido no Dossiê UESPI 30 anos, documento que irá reunir pesquisas acadêmicas que tratem da perspectiva histórica, ensino, pesquisa, extensão e inovações tecnológicas e científicas da UESPI. O projeto faz  parte de uma série de ações alusivas do aniversário de 30 anos da instituição, comemorado nesse ano.

A professora fala convicta sobre a importância do Programa na vida dos professores que estão em formação.”Eu acredito que o Plano deve se estender mais, que deve ter uma continuidade, pois a autoestima desses professores aumenta muito. A gente vê o resultado em sala de aula, eles são incentivados, são estimulados pelos professores do PARFOR que são altamente capacitados, muitos são doutores. Eu não vi nenhum deles reclamando por falta de apoio”, comenta ela.

 

 

 

 

Por Elaine de Moura

Assessoria de Comunicação PARFOR/UESPI

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