“O curso pelo PARFOR mudou absolutamente tudo”. A frase demostra a satisfação da professora de Matemática, Isadora Alencar Cerqueira, de 27 anos, ao receber o diploma do curso de licenciatura pelo Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica, na colação de grau realizada na cidade de Fronteiras, dia 18/12.
“Matemática era o curso dos meus sonhos. Só fiz Pedagogia para abrir portas”, disse a professora Isadora Alencar que confessa ter aprendido muito com a didática dos professores do PARFOR. “Não deixa de servir como exemplos, não só pelos conteúdos ministrados, mas a gente acaba espelhando-se neles. Todos são muito bons”, argumenta.
“Uma turma de 13 alunos. Todos altamente interessados. Inclusive, eles já fizeram trabalhos para a comunidade. Foi excelente esse curso para a cidade de Fronteiras”, disse a coordenadora local do PARFOR de Fronteiras, Maria das Graças da Silva.
A turma de Matemática “Valmir Bezerra Feitosa”, composta por 13 professores com formação superior em diferentes áreas da atuação, homenageava um dos formandos da noite. Segundo os amigos de classe, por ele ser um exemplo: são 30 anos dedicados à área. O Matemático, de 55 anos, possui mais de 10 mil horas/aula no currículo e já passou duas vezes em concurso público, mas não assumiu o cargo pela falta do diploma.
“Como engenheiro, comecei a lecionar e de lá pra cá não parei mais. Ministrei Matemática em muitas instituições, inclusive na UESPI”, conta o professor Valmir. Ele fala emocionado ao ser homenageado pela primeira vez. “Como professor, eu nunca havia sido homenageado. Vai ser uma coisa inesquecível. Vai ficar pra sempre.”
Na noite, o professor Raimundo Dutra, Pró-reitor da PREX, concedeu o grau de segunda licenciatura para os professores. “É uma grande alegria nós da UESPI nos unirmos nessa comemoração. Temos a certeza que a sociedade piauiense têm 13 novos excelentes profissionais que vão contribuir de forma significativa. Agora podem exercer a função de vocês com muito mais compromisso, mais competência e preparo”, disse ele.
O pró-reitor falou também sobre as contribuições do programa e da instituição para a educação. “O Piauí é um dos estados onde o PARFOR tem se destacado. A nossa universidade foi criada há 31 anos atrás com a missão de formar professores. Cerca de 80% dos docentes que hoje atuam no Piauí foram formados pela UESPI.”
Em Pedro II, a colação de grau emocionou parentes e amigos com as homenagens realizadas durante a solenidade, dia 19/02. Por ter se destacado pela sua assiduidade e dedicação, o docente Armando da Silva Santos recebia o nome da turma. “Ele tem uma personalidade muito introspectiva. O fato é que ele conseguiu ao logo do curso superar essas barreiras pessoais”, disse a coordenadora local, Francisca Silvana Pereira dos Santos.
O homenageado da noite foi um grande estimulador da turma. “O Armando é uma pessoa muito especial. Todo mundo o respeita porque ele foi alfabetizado já adulto e superou uma dificuldade fonoaudiológica. De madrugada, passava trabalhos pra gente e outras indicações de estudos”, disse o amigo Valmir do Nascimento Soares.
O professor, que entrou na faculdade de história somente aos 35 anos, comemora mais uma conquista. “Antes eu trabalhava na roça. Minha bagagem cresceu muito com o curso de Pedagogia”, conta o docente de 42 anos, que leciona há 5 anos nos municípios de Domingos Mourão e Caranguejo, localizado na zona rural de Pedro II.
A coordenadora local, professora Francisca Silvana, conta que a turma enche o PARFOR de orgulho. “Primeiro porque é formada por bons profissionais. Como é uma turma de segunda licenciatura, são docentes que já atuam profissionalmente e na Pedagogia eles se encontraram”. Ela completa dizendo que a turma é composta por cursistas de Pedro II, Milton Brandão e Domingos Mourão.
“Mudou minha maneira de dar aulas. A gente passa a olhar a criança como um ser capaz. O curso proporcionou muito isso: ampliar a visão que temos do aluno”. O professor conta que pretende continuar em sala de aula, fazendo um bom trabalho. “Todos nós pedagogos sonhamos em transformar o mundo”, disse Valmir do Nascimento Soares, de 40 anos e docente há 20 anos.
A pró-reitora da PROPLAN, Joseane de Carvalho Leão, concedeu o grau aos formandos na noite. Essa alegria é de todos, não só dos profissionais que estão aqui se formando, mas dos parentes, dos amigos e mestres”, disse. Ela citou o escritor Manoel de Barros para falar com os formandos sobre o futuro. “Esticar horizontes é você não parar por aqui, é você saber que aqui se encerra uma trajetória, uma parte dessa trajetória, mas que amanhã já se inicia outras trajetórias”.
No dia 20/12, foi a vez da cidade de Valença do Piauí comemorar a formatura das turmas de Letras/Espanhol de Pedagogia. “A turma de Pedagogia desenvolveu diversos projetos na área do lúdico, leitura e jogos educativos”, disse a coordenadora local de Valença do Piauí, Elizabete Moura da Silva. Ela contou ainda que as turmas são compostas por docentes de outras regiões: de Lagoa do Sítio, Aroazes, Santa Cruz dos Milagres, Elesbão Veloso e Inhuma.
O professor Clemilton Sousa Dias fez do Inglês seu verdadeiro instrumento de trabalho. Dos 36 anos vividos, 16 são dedicados à disciplina. “Me formei em História, mas sempre trabalhava com Inglês como disciplina complementar da carga horária”, lembra.
O cursista conta que aprendeu inglês sozinho, utilizando dicionários e músicas, mas as orientações dos professores do PARFOR modificaram sua maneira de ministrar aulas. “Nós tivemos ótimos professores do início até o final, cada professor vinha com uma metodologia diferente e aproveitamos em sala de aula”, conta.
O trabalho de conclusão de curso foi realizado com muito esmero. “Meu trabalho de conclusão de curso foi o uso dos aplicativos Duolingo e o WhatsApp no ensino da língua inglesa. As pessoas têm o WhatsApp apenas como uma ferramenta de comunicação e eu pude constatar que ele é muito eficaz como ferramenta educacional aliado ao uso do aplicativo Duolingo, um aplicativo educacional que qualquer criança que saiba ler e escrever aprende a usá-lo facilmente”, explica o professor.
Ele aplicou a pesquisa na escola que trabalha, localizada na zona rural do município de Pimenteiras. “Eu testei com nativos brasileiros que queriam aprender inglês. Tive um resultado surpreendente. Eu penso em fazer isso depois com um número bem mais abrangente, mais conciso, pois tive um resultado muito bom”, destaca o resultado vitorioso com o trabalho de conclusão de curso.
Por Elaine de Moura
Assessoria de Comunicação PARFOR/UESPI