Enquanto muitos tiram férias, os cursistas de Geografia do PARFOR, no Campus de Corrente, iniciaram as aulas da disciplina de Língua Brasileira de Sinaiscom com muito gás, na primeira semana de janeiro de 2018. Ministrada pela professora Mestranda Ana Leal Meneses Romão, a matéria desmitificou alguns mitos sobre a língua de sinais e promoveu um melhor entendimento sobre a realidade do aluno e a relação com o educador.
Os cursistas tiveram aulas expositivas e práticas com o objetivo de proporcionar o conhecimento das noções e concepções acerca da surdez, princípios e caracteres da linguagem, promovendo o contato inicial com a Língua de Sinais e sua relação intrínseca com o docente. Dentre o conteúdo programático, a matéria provocou o contato com as Leis e Decretos vigentes no país que dispõe sobre a língua de sinais e o que ela acomete. “Busquei também oportunizar saberes teóricos e práticos como instrumento não só de inclusão, mas de comunicação e interação entre os profissionais para que os tornem capazes de dialogar com o aluno surdo”, disse a ministrante Ana Leal.
A professora comenta que os alunos receberam a disciplina com certo medo, pois muitos não tinham noção como é a língua de sinais, só viam a mesma na televisão. “Quando se depararam com a disciplina, perceberam de fato como é a realidade da pessoa surda. Alguns tiveram dificuldades em aprender Libras, outros não. Mas o que me deixou emocionada foi a dedicação que a turma teve em se empenhar para aprender a nova linguagem”, confidencia a educadora.
Durante a semana foram ministrados conteúdos sobre a educação de surdos, filosofias educacionais para surdos, classificações da surdez, identidades surdas, aquisição da Língua de Sinais, alfabeto manual e datilologia (comunicação através de sinais feitos com os dedos), saudações e cumprimentos, números, calendário, dias da semana, meses do ano, pronomes, material escolar, alimentos, adjetivos, família, verbos, aspectos linguísticos na Língua Brasileira de Sinais, parâmetros da Libras e diálogos básicos.
O cursista Cantídio Paulo Barros Rocha confessa que a disciplina foi uma surpresa. “Tinha um certo temor por não termos muitos contato com a linguagem. Foi uma grande surpresa quando a professora Ana Leal nos passou o conteúdo de uma forma tranquila e descontraída. “A semana de estudos foi corrida, mas assimilamos pontos importantes sobre a disciplina de Libras. Queríamos que tivéssemos um curso aqui em Corrente para aprofundarmos mais os conhecimentos”, disse a geógrafa Celma Renata Soares Rodrigues.
Nas fotos grupos apresentam trabalhos práticos sobre Libras:
Por Elaine de Moura
Assessoria de Comunicação do PARFOR