A história de vida do paratleta cearense Henrique Lopes, campeão de Jiu-jítsu, foi uma aula de resiliência para os cursistas de Licenciatura em Educação Física, de Piracuruca. A palestra foi proferida na disciplina de Educação Física Adaptada, sob a supervisão do professor mestrando Laércio Lima.
A disciplina objetivou levar a compreensão e importância da Educação Física adaptada como ferramenta de inclusão, principalmente, no ambiente escolar das séries iniciais.
Os professores cursistas puderam aplicar estratégias metodológicas adequadas para adaptar os conteúdos da Educação Física (esportes, danças, ginástica, lutas, jogos e brincadeiras) com o intuito de incluir a pessoa com deficiência na educação Física Escolar.
Henrique Lopes contou um pouco da sua história de vida, relacionando sua vivência com a educação física e esportes. O paratleta é bacharel em direito e campeão de diversos torneios regionais, nacionais e internacionais de Jiu-jítsu.
“Eles adoraram. Ficaram admirados e parabenizaram o atleta por sua história de superação”, disse Laércio Lima. Na palestra, Henrique Lopes contou como começou sua carreira esportiva ao sofrer um acidente automobilístico aos 4 anos, resultando na amputação traumática dos dois membros inferiores.
O que parecia ser uma sentença transformou-se em oportunidade. Aos 14 nos conheceu o Jiu-jítsu e hoje acumula 46 títulos, entre eles Grand Islam Mundial de Jiu-Jitsu e os Mundiais Brasileiros que aconteceram em Fortaleza e São Paulo.
Para o atleta, os professores da educação básica não devem ter receio ao passar atividades físicas para o aluno que tem alguma limitação. “Qualquer que seja a limitação sempre irá existir uma maneira de adaptá-la, de facilitar, de restringir ou de ampliar”, explica.
Mais que ajudar, o professor deve incentivar e oportunizar para que o aluno supere seus limites. “Os professores de educação física sempre irão encontrar alguém que não tem um braço ou perna e que precisa fazer atividade física. Quando se deparar com essas pessoas não podem subestimá-las e ter receio, têm que dar oportunidades para ajudar a superar seus limites”.
Por Elaine de Moura
Assessoria de Comunicação PARFOR/UESPI