Curimatá e Canto do Buriti ganham novos professores qualificados pelo PARFOR/UESPI

São muitas horas de viagem para percorrer 775 km de estrada da capital Teresina até o município de Curimatá. A distância das cidades localizadas no extremo sul piauiense não impede que o Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica da Universidade Estadual do Piauí –PARFOR/UESPI forme e qualifique novos professores. Em muitos locais não existem instituições que possam oferecer cursos de graduação de forma gratuita. Dessa forma, o Programa recicla educadores e os coloca à disposição da comunidade. Ao longo dos últimos 7 anos foram mais de 3.000 mil professores formados em todo Piauí.

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Mesa de honra na formatura em Curimatá.

No dia 24 de agosto, toda Curimatá organizou uma grandiosa festa para receber os novos docentes de Matemática. A turma formada por 20 professores da educação básica, a maioria com vasta experiências em sala de aula. Alguns são moradores da cidade, outros residem e trabalham em povoados situados na zona rural.

Mesmo com pouca infraestrutura e muitas dificuldades, as histórias relatadas por esses professores formadores são de superação, onde o encontro com as adversidades fortalecem e estimulam a buscar sempre mais.

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Um exemplo de superação é o professor Gildo Pereira do Couto, que no currículo somam 32 anos de magistério em escolas do município de Avelino Lopes, localizado a 52 Km de Curimatá. Ele já trabalhou em 8 escolas,  sempre ministrando aulas de Matemática, e decidiu buscar uma graduação na área por uma realização pessoal. “Decidi fazer matemática porque eu gosto. Minha maneira de dar aulas mudou muito após a formação pelo PARFOR. A forma de se portar, de falar, o entendimento de alguns termos e definições. Agora eu estou sabendo muito melhor do que eu sabia”, cita os efeitos da formação em sua vida profissional.

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O experiente professor que já está aposentado, mas continua dando aulas por paixão, trouxe toda família para comemorar a conquista do título. Os amigos de classe o homenagearam pela sua força e determinação ao continuar e concluir o curso após sofrer um acidente vascular cerebral. “Eu parei um período, mas quando voltei meus amigos e professores me ajudaram. Hoje estou aqui graças a Deus”, comemora.

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Mesmo em uma ambiente de predominância masculina, como ocorre nos cursos de ciências exatas, as mulheres têm mostrado sua relevância e expertise quando o assunto é cálculos ou números binários.  A turma de licenciatura em computação de Canto do Buriti surpreenderam com a quantidades de professoras formandas na colação de grau, que acontece dia 25 de agosto.

Ao todo foram 7 mulheres de uma turma composta por 14 professores cursistas. Dentre elas, Hirla Rayanny Rodrigues Leal Silva, de 27 anos, formada em Pedagogia. Ela afirmou que fez a segunda licenciatura pela oportunidade, mas após algumas semanas de estudo identificou-se com as leituras sobre redes e programas computacionais. “O curso é um complemento a minha formação. Eu vou conseguir introduzir nas minhas aulas várias questões relacionadas a métodos de ensino e novas tecnologias. O curso foi de grande valia”, disse a nova licenciada que ministra aulas em Curimatá e Brejo do Piauí.

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A Profa. Dra. Ailma do Nascimento Silva, Pró-reitora PREG, outorgou o grau na noite.

O PARFOR recicla professores e permite que novos caminhos surjam. A história do professor Zenaide Lopes da Silva mostra que é possível se reinventar e alcançar novos voos diante de uma oportunidade. “O curso foi um desafio muito grande porque moro a 150 km de Curimatá. Eu ficava praticamente o período de férias todo aqui’, relata ele que trabalha e reside em Capitão Gervásio Oliveira-PI.

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O cursista Gildo Pereira do Couto é homenageado pelos colegas de turma.

O coordenador local, Francisco de Assis Rosado Amorim, fala sobre o professor que foi um exemplo. “O Zenaide sempre foi muito aplicado, muito dedicado, apesar de morar distante. Sempre foi muito elogiado pelos professores.”

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Com 29 anos de magistério, a nova formação permitirá novas experiências. “Na escola da minha cidade não dispõem de laboratório, mas agora abriu uma ONG que atende pessoas vulneráveis e eu fui chamado pra trabalhar lá. Estou com um projeto de abrir uma escolinha de informática básica também”, planeja.

A Profa. Dra. Ailma do Nascimento Silva, Pró-reitora PREG, outorgou o grau na noite. No discurso, ela destacou a capilaridade da UESPI em todo Piauí. “Através das modalidades regular, a distância, do PARFOR, ou por meio do PRONERA, a UESPI dá oportunidade de qualificação a qualquer cidadão piauiense, a qualquer cidadão brasileiro. A gente vê a capilaridade dessa instituição por meio desses programas. O alcance que ela favorecer possibilita qualquer cidadão fazer um curso superior, seja nas mais longínquas regiões e municípios do estado.”

Veja a galeria de fotos:

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Por Elaine de Moura

Assessoria de Comunicação do PARFOR/UESPI

 

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