Jacques Henri Maurice Gauthier é um proeminente professor titular do Ministério da Educação Nacional da França e pesquisador na área de Educação, com ênfase em Antropologia da Educação e pesquisa inter e transcultural. No próximo dia 01 de setembro ministrará uma palestra na UESPI (Universidade Estadual do Piauí) com o tema “A integração das culturas afrodescendentes e indígenas no ensino e na educação”, promovida pelo NUECJA (Núcleo de Educação de Crianças, Jovens, Adultos e Idosos), com apoio do PARFOR/UESPI (Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica) e CCECA (Centro de Ciências da Educação, Comunicação e Artes).
O evento acontece no Auditório do Palácio do Pirajá, no Campus Poeta Torquato Neto, da UESPI a partir das 15h. As inscrições serão feitas no local e data da palestra. O público alvo são os estudantes dos cursos de licenciatura da IES, mas a palestra é aberta a toda comunidade acadêmica.
“A justificativa central para essa palestra é a possibilidade que temos de trazer um pesquisador da envergadura do professor Jacques Gauthier. Isso nos enriquece muito porque na atualidade discutimos muito essa questão da inter-culturalidade na educação. No Brasil temos a lei que institui a obrigatoriedade do ensino da cultura afrodescendente e indígena”, enfatiza a professora Mscª. Hercilene Costa.
A Lei nº Lei 10.639/03 tornou obrigatório o ensino, em escolas públicas e privadas, da história e cultura africanas (música, culinária, dança, religiões), e suas influências na formação sociocultural do Brasil. Posteriormente, em 2008, a Lei 11.645 institui o ensino “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”, com o objetivo de ressignificar e valorizar as culturas africanas e indígenas.
Para marcar o combate à discriminação racial a Lei 10. 639/03 criou o dia Nacional da Consciência Negra (20 de novembro), comemorado com diversas manifestações culturais no Brasil. A data foi escolhida para homenagear o líder quilombola Zumbi dos Palmares. Além das leis que estabelecem o ensino da cultura africana e indígenas, o governo e parlamento brasileiro aprovaram a criação do Estatuto da Igualdade Racial (2010) e a Lei de Cotas (2012).
“A cultura é diversa e ressaltar a importância dessa multiplicidade de viver, perceber o mundo e o outro é o que nos motiva a suscitar esses debates. E conseguir um pensador, pesquisador e professor como Gauthier é uma oportunidade singular”, afirma o professor. Dr. Raimundo Dutra, coordenador geral do PARFOR/UESPI.
Jose Marques
Fonte:
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