Projeto sobre tecnologias assistivas se encerra com sessão especial de cinema “Um olhar para além da imagem”

Sucesso ao capacitar cerca de 150 professores da educação básica da rede pública de Piripiri, Bom Jesus e Floriano, para melhor atenderem alunos deficientes visuais, o projeto sobre “Tecnologias assistivas: um caminho para a inclusão”, de iniciativa do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica da Universidade Estadual do Piauí – PARFOR/UESPI, concluiu a primeira fase de suas atividades com a sessão especial de cinema: “Um olhar para além da imagem”. O evento, aberto a professores, alunos e técnicos administrativos da UESPI, aconteceu no auditório do Pirajá, Campus Torquato Neto, em Teresina, na manhã da última quinta (02).

Foram construtivas horas de ação envolvendo a plateia numa experiência única: a de sentir o mundo por meio da perspectiva de um deficiente visual. Para isso a monitora do curso, professora Msc. do PARFOR/UESPI, Rogéria Pereira (que é deficiente visual), junto com sua equipe, composta por 6 graduandas do curso de Pedagogia da UESPI, conduziram a técnica de audiodescrição.

O Reitor Nouga Cardoso; a Pró-reitora de Graduação, Ailma do Nascimento; o Diretor do CCECA, Robson Carlos, e o Coordenador Geral do PARFOR, Raimundo Dutra, também participaram da atividade proposta.

Todos os presentes foram vendados para que pudessem acompanhar os trechos de vídeos exibidos, seguindo a trama e captando a subjetividade da narrativa por meio apenas da audição.”Com esse projeto a gente tanto coloca que é possível a educação de pessoas com deficiência visual como também qualifica os professores para implementarem essa educação de uma forma leve, sem a necessidade de uma superestrutura, somente usando coisas do seu próprio contexto: Scanners,aplicativos gratuitos, audiodescrição, que você pode fazer sem o auxílio de um estúdio para editação”, falou a professora Rogéria Pereira.

A plateia passou pela experiência de acompanhar filmes de olhos vendados e usando a audiodescrição. (Foto: ASCOM/UESPI)

A plateia passou pela experiência de acompanhar filmes de olhos vendados e usando a audiodescrição. (Foto: ASCOM/UESPI)

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O Reitor Nouga Cardoso, ao centro, participando da atividade proposta. (Foto: ASCOM/UESPI)

Rogéria Pereira durante explicação da dinâmica. (Foto: ASCOM/UESPI)

Rogéria Pereira durante explicação da dinâmica. (Foto: ASCOM/UESPI)

Ao final do evento, aplausos e elogios pelo empenho da equipe responsável pela execução do evento pioneiro em cidades do interior do estado, capacitando disseminadores, no caso professores da rede pública, para que, por meio da aplicação de métodos de tecnologia assistiva, promovam a inclusão de deficientes visuais.

“Quero agradecer em primeiro lugar à professora Rogéria por ter aceito o nosso convite e ter sonhado junto com a gente para montar e organizar esse projeto, que foi um sucesso em todo o estado. Ofertamos 40 vagas nos 3 municípios contemplados inicialmente e sempre aparecia o dobro de pessoas interessadas”, disse Raimundo Dutra. O Coordenador ainda ressaltou que, devido o sucesso do projeto, outras instituições, entidades, professores e secretarias municipais vêm solicitando sua continuidade. Dutra revelou que pretende estender os trabalhos para outras cidades no próximo semestre.

Coordenador Geral do PARFOR/UESPI, Raimundo Dutra, ao lado da Professora Rogéria. (Foto: ASCOM/UESPI)

Coordenador Geral do PARFOR/UESPI, Raimundo Dutra, ao lado da Professora Rogéria. (Foto: ASCOM/UESPI)

“É por abraçar políticas voltadas à inclusão de deficientes, propor a discussão de temas como a violência contra a mulher e violência de gênero, que o PARFOR da UESPI vem ganhando destaque local e nacional, dando também visibilidade àquilo que a Universidade Estadual faz de melhor: formar pessoas”, afirmou o Reitor Nouga Cardoso.

“Em quase 15 anos que eu tenho na UESPI nunca tivemos uma universidade tão propositiva para a sociedade. As ações que vêm sendo realizadas por meio da PREG, PARFOR, NEAD, apoiadas por programas importantes como o PIBID, têm fortalecido a gestão e a instituição como um todo”, finalizou o reitor.

TECNOLOGIA ASSISTIVA – esse termo é utilizado para identificar todos os recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e, consequentemente, promover a inclusão e a possibilidade de uma vida mais independente.

No Brasil, o Comitê de Ajudas Técnicas – CAT, instituído pela PORTARIA N° 142, DE 16 DE NOVEMBRO DE 2006, propõe o seguinte conceito para tecnologia assistiva: “Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social” (Fonte: Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (CORDE) – Secretaria Especial dos Direitos Humanos – Presidência da República).

Fonte:
Wanderson Araújo
Assessoria de Comunicação – UESPI
ascom.uespi@gmail.com
(86) 3213-7398

 

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